sábado, 29 de dezembro de 2012

SEU LIMITE VAI ATÉ ONDE COMEÇA O DO OUTRO.


Hoje pela manhã  li um comentário que me levou a produzir este texto...uma determinada pessoa ( que era do Candomblé e passou a ser Evangélica) disse para uma outra que "não se deve acender velas para ninguém, somente fazer orações". Esta é mais uma das inúmeras "doutoras da verdade" que conheço. Imediatamente reportei-me a um episódio da vida que vou contar a seguir...
Em 1994 quando meu pai faleceu, um de seus irmãos ( o caçula) que é espírita, quis acender uma vela na cabeceira da urna onde ele ( meu pai) estava depositado. Minha mãe, autoritária e espaçosa como sempre foi, não permitiu que ele (irmão de meu pai) o fizesse com a alegação de que se tratava de uma bobagem e que ela não gostava de velas. Esta foi mais uma das muitas vezes que senti vergonha de tê-la como mãe.
Meu pai vivia as turras com a minha mãe, porque ela queria mandar e determinar o que todos tinham que fazer. Durante anos, para não ter aborrecimentos, ele ( meu pai) se permitiu obedecer e abanar o seu rabo todas as vezes que ela os dedos estalava, mas quando quis se rebelar, não teve forças para lutar com o monstro que havia criado. Já quem questionava suas atitudes e representava um perigo para o total domínio de seu território ( a mente e a vontade alheia), ela (minha mãe) chutava e tratava de tirar do seu caminho como fez comigo a vida toda.
Pois bem, os pais e irmãos de meu pai sempre tiveram que se contentar com as sobras, pois minha mãe controlava o meu pai por uma guia que ficava presa na coleira de seu pescoço e dava espaço a medida que lhe interessava.
A vela na qual mencionei acima tinha como único intuito iluminar o caminho no qual ele tinha que percorrer depois que saiu da matéria até o seu destino final. Somente isso.... uma simbologia dentro daquilo que ele (irmão de meu pai) tinha como verdade... e nem naquele momento de dor ela foi capaz de acatar a posição do irmão do defunto.
Saber respeitar a opinião dos outros vai além da educação... é uma arte. Não existe apenas uma verdade e nem um caminho.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A LUA.




"A outra metade o rato roeu", dizia minha avó Maria quando, ainda pequenina, perguntava sobre a outra metade da lua.