sábado, 24 de novembro de 2012

SOLIDÃO...



Desde pequenina que me sentia uma pessoa solitária. Meus pais não admitiam que tivesse amigos ou que andasse com quem quer que fosse. Já comentei com vocês que a minha vida era ficar trancada no quarto em meio a livros, revistas e uma vitrola com alguns compactos simples e duplos que minha mãe comprava e jogava em cima de mim como se eu fosse algo desprezível...foi assim todo período em que cresci e me desenvolvi. Era uma espécia de clausura por conta dos problemas de aceitação (psicológicos) de minha mãe. E ai de mim quando ousava sair do quarto,logo ela gritava:
- Some da minha frente se não quiser apanhar!
Por conta disso, eu sempre curti aquelas famílias enormes que se juntam e fazem a maior festança por qualquer motivo.
Um dia ainda pequena, pensei: - Quando me casar vou ter muitos filhos para que eles me tragam muitos netos e, finalmente, tenha a minha casa cheia. Cresci, casei e tive 3 filhos.
Creio que a minha sina é seguir sempre sozinha...é como se eu tivesse sido treinada para a solidão.

Um comentário:

Jaime A. disse...

Olá,

gostei muito deste teu texto. Mas sabes, é na solidão que os livros ganham a nossa companhia; quero dizer, ganhavam, agora esta invasão informática pode deixar menos espaço para o livro de papel. No entanto, creio firmemente no cheiro, na textura, no toque de um livro.