sábado, 29 de dezembro de 2012

SEU LIMITE VAI ATÉ ONDE COMEÇA O DO OUTRO.


Hoje pela manhã  li um comentário que me levou a produzir este texto...uma determinada pessoa ( que era do Candomblé e passou a ser Evangélica) disse para uma outra que "não se deve acender velas para ninguém, somente fazer orações". Esta é mais uma das inúmeras "doutoras da verdade" que conheço. Imediatamente reportei-me a um episódio da vida que vou contar a seguir...
Em 1994 quando meu pai faleceu, um de seus irmãos ( o caçula) que é espírita, quis acender uma vela na cabeceira da urna onde ele ( meu pai) estava depositado. Minha mãe, autoritária e espaçosa como sempre foi, não permitiu que ele (irmão de meu pai) o fizesse com a alegação de que se tratava de uma bobagem e que ela não gostava de velas. Esta foi mais uma das muitas vezes que senti vergonha de tê-la como mãe.
Meu pai vivia as turras com a minha mãe, porque ela queria mandar e determinar o que todos tinham que fazer. Durante anos, para não ter aborrecimentos, ele ( meu pai) se permitiu obedecer e abanar o seu rabo todas as vezes que ela os dedos estalava, mas quando quis se rebelar, não teve forças para lutar com o monstro que havia criado. Já quem questionava suas atitudes e representava um perigo para o total domínio de seu território ( a mente e a vontade alheia), ela (minha mãe) chutava e tratava de tirar do seu caminho como fez comigo a vida toda.
Pois bem, os pais e irmãos de meu pai sempre tiveram que se contentar com as sobras, pois minha mãe controlava o meu pai por uma guia que ficava presa na coleira de seu pescoço e dava espaço a medida que lhe interessava.
A vela na qual mencionei acima tinha como único intuito iluminar o caminho no qual ele tinha que percorrer depois que saiu da matéria até o seu destino final. Somente isso.... uma simbologia dentro daquilo que ele (irmão de meu pai) tinha como verdade... e nem naquele momento de dor ela foi capaz de acatar a posição do irmão do defunto.
Saber respeitar a opinião dos outros vai além da educação... é uma arte. Não existe apenas uma verdade e nem um caminho.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A LUA.




"A outra metade o rato roeu", dizia minha avó Maria quando, ainda pequenina, perguntava sobre a outra metade da lua.

sábado, 24 de novembro de 2012

SOLIDÃO...



Desde pequenina que me sentia uma pessoa solitária. Meus pais não admitiam que tivesse amigos ou que andasse com quem quer que fosse. Já comentei com vocês que a minha vida era ficar trancada no quarto em meio a livros, revistas e uma vitrola com alguns compactos simples e duplos que minha mãe comprava e jogava em cima de mim como se eu fosse algo desprezível...foi assim todo período em que cresci e me desenvolvi. Era uma espécia de clausura por conta dos problemas de aceitação (psicológicos) de minha mãe. E ai de mim quando ousava sair do quarto,logo ela gritava:
- Some da minha frente se não quiser apanhar!
Por conta disso, eu sempre curti aquelas famílias enormes que se juntam e fazem a maior festança por qualquer motivo.
Um dia ainda pequena, pensei: - Quando me casar vou ter muitos filhos para que eles me tragam muitos netos e, finalmente, tenha a minha casa cheia. Cresci, casei e tive 3 filhos.
Creio que a minha sina é seguir sempre sozinha...é como se eu tivesse sido treinada para a solidão.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

VIDA

 Seria tudo muito fácil se a Vida fosse resumida ao discurso simplista: "você colhe aquilo que planta”. Puxa, estariam resolvidas as equações dos males e mazelas que somos acometidos vez por outra: a partir de hoje plantaremos somente rosas bem perfumosas. Só que o buraco da vida é bem mais embaixo. Não podemos esquecer que, embora possa ser as rosas plantadas todo amor e carinho, elas crescem com espinho e, independente de termos passado a vida toda regando e cuidando, vai ter uma hora que a rosa vai nos espetar, é inevitável...são as escolhas dos outros, escolhas essas que não temos como controlar ou modificar. Penso que quando viemos lá da outra dimensão para este plano, já trazemos em nosso chip tudo que iremos que passar e, embora caminhemos com certa liberdade de escolha ( livre arbítrio), mais cedo ou mais tarde os reveses irão chegar...é só uma questão de tempo . E ai meu amigo, quando a Roda da Vida girar, não tem religião, sal grosso, Barbadinhos ou reza que nos livre das dores ( bonzinhos ou ruins, estamos todos juntos  dentro desta imensa Roda). Podemos até amenizar nossa passagem, não desejando ou fazendo ao próximo aquilo que não queremos para nós, mas todos nós precisamos sentir as dores da escolha de termos vindo para esse mundo terreno...é uma questão de evolução, de subida de degrau. ...religião, seita, filosofia de vida ou outra coisa que se denomine, servem apenas como muletas na tentativa de entender e suavizar aquilo que naquele momento não tem explicação para nós, nesta caminhada tão dolorosa que se chama Vida.




“Ninguém pode construir em teu lugar
as pontes que precisarás passar,
para atravessar o rio da vida
- ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo, atalhos sem números,
e pontes, e semideuses que se oferecerão
para levar-te além do rio;
mas isso te custaria a tua própria pessoa;
tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho
por onde só tu podes passar.
Onde leva? Não perguntes, segue-o”

- Nietzsche –

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

RESPEITO AO PRÓXIMO


Eu atualmente moro num lugar isolado, dentro da mata, sem nenhum recurso. E como não se tem o que fazer, eu penso. Passo o dia pensando naquilo que leio pelas Redes Sociais e ontem, por conta de uma frase que li no twitter, me fez escrevero post do "Doce ou Travessuras?". Só que escrever não me satisfez.
Quando eu era criança/adolescente vivíamos num mundo onde se participava de tudo... das festas do calendário escolar, das festas em família e das quermesses das igrejas. O mundo era bem diferente, embora o seu vizinho de muro não concordasse com sua opção religiosa, ele te cumprimentava, trocava algumas palavras gentis e a vida seguia seu curso normal. Os ladrões...ah esses roubavam galinhas e roupas no varal...existia um certo "respeito" pelos idosos e crianças.
Hoje não é assim. Com a criação de várias seitas e igrejinhas ( que não são poucas), o mundo meio que virou um balaio sem limite. Casa segmento religioso, no intuito de puxar a brasa para a sua conta bancária, não tem o menor problema em jogar as pessoas umas de contra as outras...isso em nome de Deus.
Há pouco tempo atrás, eu tive uma amiga que passou um ano na Bahia e me contou do susto que levou ao presenciar grupos evangélicos prontos para impedir que baianas, carregando seus vasos com água de cheiro, cumprissem com sua missão na maior manifestação popular da Bahia, que se repete desde 1754 - a lavagem das escadarias da Igreja do Bonfim...há que ponto chegamos!
Eu mesma quase apanhei de um grupo de evangélicos, há uns anos atrás, por conta de uma medalha de Nossa Senhora de Fática que estava no meu pescoço. Eu não acho que o mundo, depois da criação de tantas igrejinhas, tenha melhorado.
Esses são ensinamentos de Deus?
Incitar a violência foi o exemplo deixado por Cristo quando para este mundo ele veio?
Será que está na Bíblia desrespeitar o nosso semelhante?
Será que está na Bíblia partir para a violência quando a sua opção religiosa diferir do seu próximo?
Será que está na Bíblia invadir a privacidade alheia não respeitando as escolhas das pessoas?
Eu sou a favor de várias moradas, mas não sou a favor da guerra entre elas, afinal a Bíblia é um livro universal, é um livro que bate record de vandas no mundo inteiro, mesmo assim as pessoas não são capazes de respeitar as escolhas de seus semelhantes.
Tem alguma coisa no ar...ou será o problema com a alfabetização ?

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

HALLOWEEN


DOCE OU TRAVESSURAS?
Algumas pessoas são contra a festa de "Halloween"... uns dizem que não faz parte da nossa cultura por ser americana, e outros ( fanáticos religiosos) que é coisa do capiroto. Em primeiro lugar eu quero dizer que, independente de qual religião professamos, a cultura de um povo precisa ser respeitada/preservada, porque se assim não for, vai se transformar em guerra ( a cultura de um povo é a identidade daquela nação).
Bem, quem trouxe essa festa para o Brasil foram os Cursos de Inglês e ela, desde que aqui chegou, já se transformou... não é do mesmo jeitinho dos EUA, digamos que já se "abrasileirou". E com o advento da internet (globalização), as culturas meio que se misturaram. Muita gente (neste dia 31/10) faz apologias aos nossos Seres Fantásticos ( como o Saci, o Curupira, a Cuca, a  mula sem cabeça....), mas eles já tem o seu dia no nosso calendário. O que acontece é que as pessoas não comemoram com tanta intensidade como o fazem no "Halloween"... fazer o quê se a maioria dos brasileiros não dá valor ao que é seu ?
Não é por isso que vou detonar ou estragar o divertimento dos outros.
Eu não posso impor a minha vontade sobre a dos outros (cada um tem o livre arbítrio de escolher os seus caminhos. Lembra, está na Bíblia), é isso que alguns fanáticos religiosos tentam fazer com esses movimentos ( esses sim) malígnos...detonar com a cultura de um povo em prol de suas crenças, provocar desavenças, guerras religiosas. Outra coisa, esta festa também é divertimento dos nossos filhos/netos, porque desde que os colocamos nesses Cursos de Inglês que eles comemoram esse dia porque faz parte do calendário festivo da instituição de ensino. Portanto, é também apedrejar e cercear a liberdade de nossos próprios filhos que tem o direito de fazer suas próprias escolhas, independente daquilo que acreditamos naquele momento. Ou vai dizer que você (quando adolescente) não comemorou? Eu cansei de comemorar no curso de inglês... não morri, não fui atropelada, não fiquei aleijada, não fui castigada e nem vou para o inferno por causa disso. O que nos faz merecer a Glória de Deus são as nossas ações e não as nossas palavras.
Mais respeito com a cultura dos outros,sô! O seu limite termina quando começa o meu.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

PAIS AUTORITÁRIOS


Pais autoritários agem com maldade, impondo sua forma de ser aos filhos e impedindo que eles desenvolvam suas próprias idéias e convicções. A pessoa autoritária tende a ser rancorosa: se vinga das eventuais frustrações e mágoas que a vida lhe impôs maltratando seres inocentes.
Uma pessoa autoritária parece governada por fortes ressentimentos... usa sua posição de poder para expressar os rancores que acumulou na vida.
O que tem em mente uma pessoa autoritária, que pretende que os outros a sigam por medo de ações de violência ou represália?
Existe algum prazer nisso?

- Flávio Gikovate -


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A LUTA PELA GUARDA DE QUEM CARREGUEI 9 MESES.


Estamos no final de 1995, nesta época já havia me separado do pai dos meus filhos ( Luiz Otávio), que foi embora da minha casa levando absolutamente tudo, deixando apenas aquilo que não pode arrancar de dentro de um imóvel que nem dele era: um vaso sanitário e as janelas, para montar casa com uma amante que vivia dentro de minha casa na condição de amiga. Essa mulher mais velha do que eu 10 anos ( chamada Célia) era casada e mãe de dois filhos - ela traía o marido com o meu marido. Quando o marido dela descobriu todo o enredo que envolvia os dois coleguinhas de trabalho, meu marido teve de escondê-la em algum lugar. Para isso, alugou um imóvel e se arrancou para lá com ela levando todas as minhas coisas, inclusive roupas e documentos meus e de meus filhos ( e nunca os devolveu).
Por conta do problema da guarda dos filhos, pois ele os pegava e não devolvia, tive que entrar com uma ação judicial pedindo a guarda provisória até que a questão fosse resolvida na judicialmente. E quando chegou o momento, minha mãe teve de ser arrolada, pois durante o período que o processo corria, tínhamos visitas surpresa com a Assistente Social, e como na minha casa não tinha nada, ia para a casa de minha mãe, coisa que nem sempre deixava eu entrar. Com isso, ela foi manipulando a Assistente Social, colocando coisas na cabeça da mulher... que morava num imóvel dela e não tinha condições para nada nem para me manter,pois não trabalhava, portanto sem condições financeiras de arcar com 3 filhos. Na realidade o que ela queria era pegar a guarda das crianças e me tirar de dentro do apartamento que morava, sem se importar se tinha ou não para onde ir, já que não trabalhava.
No dia da  audiência eu contei com a ajuda do meu marido, que não pagava pensão, mas tinha um bom advogado, e da minha mãe, que disse ao juiz que não podia ficar com os filhos porque não tinha um trabalho e nem como alimentá-los...os dois mancomunados contra mim. Minha mãe ao juiz que tinha toda condição de ficar com a guarda dos netos, porque era aposentada recebia uma boa aposentadoria, mas precisava que eu desocupasse o imóvel para que complementasse a renda em prol das crianças.
O juiz, que não é bobo nem nada, fez a seguinte pergunta para ela.
- A senhora está dizendo que sua filha até o momento que estava casada, tinha deixado de trabalhar para cuidar da educação de seus filhos e que, portanto, ao se separar, estava desatualizada e fora do mercado de trabalho.Então a sua filha não tem um trabalho e não tem condições de sustentar financeiramente seus filhos, certo? A senhora também disse, que não precisa que o pai das crianças dê qualquer coisa ( $) para o sustento deles, mas alega que sua filha precisa sair da moradia dela para que a senhora alugue o imóvel em prol das crianças. Já ex-marido da sua filha  foi  embora de casa  levando tudo que havia dentro, e após 1 ano de separação não pagava pensão ou dava qualquer ajuda no sustento das crianças.Então a senhora vem pedir a guarda de seus netos e eu lhe pergunto: Onde sua filha vai receber os filhos nos dias de visita, já que a senhora diz que ela não tem onde morar ( caso tenha de sair do imóvel que mora hoje) e que não a quer na sua casa?
Na verdade minha mãe nunca se conformou em ser avó, sempre quis o meu lugar de mãe, e se meteu na minha vida assintosamente depois que meu pai morreu, dando a eles uma vida que não poderia oferecer, já que estava na estrada com 3 filhos completamente sozinha e sem ter com quem contar. E não teve o menor problema de consciência  em prejudicar a minha imagem com a clara intenção de pegar a guarda deles.
Quem tem uma mãe dessas não precisa de mais inimigos por um longo tempo, pois a única coisa que queria era ser mãe e até isso me foi subtraído... o direito de ter ao meu lado quem carreguei por 9 meses.
A intenção de relatar a minha história neste blog que está sendo construído e  que ainda está fora de sua ordem cronológica, é que primeiro as pessoas se reconheçam, depois  a de que as pessoas ( que se interessarem um dia)conheçam a minha versão, já que nunca me deram a oportunidade de contar. Talvez por total falta de interesse na minha pessoa, já que não possuo algo material para oferecer. Já que a vida é uma eterna troca ( não nesse sentido para mim).

AQUI EU VOMITO A VIDA... A AULA DE "BOM MOCISMO"  É NO PRÉDIO AO LADO.


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

SALVE COSME E DAMIÃO! SALVE OS IBEJIS!


Hoje é "Dia de Cosme e Damião", vamos tomar cuidado a galera que sai de carro...crianças correndo pelas ruas em busca de doces. Eu nunca fui ligada nessa coisa de religião, mas quando meus filhos eram pequenos nós fazíamos os saquinhos para que eles distribuíssem...via a felicidade no rosto deles. Depois da bagunça que envolvia toda distribuição, os levava para pegar doces na vizinhança ( enfrentando aquelas filas e empurrões) , chegavam cansados, suados, mas com as bolsas cheias doces... que comiam a semana inteira.E assim foi durante anos enquanto cresciam...nunca tiveram nada, nem dor de barriga, nem alergia, nem intoxicação, absolutamente nada. No meio de tanta dificuldade que foi vê-los crescer sem a pensão do pai e sem um emprego fixo de minha parte ( pois fazia de um tudo que aparecia para arranjar um dinheiro), sempre fiz de tudo para vê-los sorrindo. Hoje, nem ligam para saber se estou viva. A vida é feita de escolhas e a minha foi ficar ao lado deles, vê-los crescer, velar o sono deles, olhando seus cadernos escolares... talvez tenha sido o meu grande erro.Se eu os tivesse trocado por uma ascensão profissional, provavelmente me olhariam com outros olhos e estariam ao meu lado.
Sei que a gente colhe o que plantamos, então devo ter sido péssima como mãe ou por hoje não ter para dar aquilo que mais dão valor - ao dinheiro. O pai, que nunca me ajudou em nada enquanto eles cresciam, hoje tornou-se o "pai-Herói", depois de ter amealhado uns trocados durante a vida, fácil uma vez que não pagava pensão e nem as despesas  comida, escola e até com as doenças que apareciam. É claro que a minha vida era muito difícil, complicadíssima com 3 filhos pequenos sem auxílio de quem deveria. Tinha que me sujeitar ao que aparecia para fazer...durante um bom tempo eu carreguei e vesti defuntos para trazer um pouco de alegria aos seus lábios. Ainda bem que tenho o testemunhos de alguns de seus amigos que não saíam lá de casa e que entendiam o quanto era dificultosa toda aquela situação... mesmo assim onde comiam 5, comiam 10. Meu segundo marido tem muitos defeitos, mas quem não os tem, não é verdade ? mas até seus trabalhos escolares nós fazíamos...cansaram de tira 10 por nossa conta. Uma vez nós fizemos o mapa grande e  detalhado da região norte ( contendo as tribos e culturas)  para uma feira de ciências todinho em durepóxi. Arrebentou... para isso nós prestávamos.

É uma grande festa... Salve os Ibejis! Lembro sempre com muita alegria essa data.

São Cosme e São Damião são santos católicos com grande receptividade entre as camadas afro-brasileiras do Recôncavo baiano. Seus nomes de batismo são Acta e Passio, nascidos na Arábia do século III, de família nobre e cristã. Os irmãos gêmeos estudaram medicina na Síria e exerciam a profissão gratuitamente. Acusados de feitiçaria, por realizarem milagres, foram jogados de um despenhadeiro – Assim conta a história. Em outras versões ouve-se que tentaram matá-los de várias formas, mas não conseguiram. Por fim foram degolados. Entre seus milagres estão a cura e a materialização (após a morte) para ajudar crianças vítimas de violência.São associados aos Ibejís, divindades gêmeas do Candomblé. Apesar do catolicismo oficial venerar a figura de Cosme e Damião como santos adultos e que dedicaram a vida a praticar a medicina caridosa, os mesmos santos “correspondem” a entidades infantis nos cultos afro – brasileiros, e é justamente dessa maneira que Cosme e Damião são venerados pela maior parte de seus devotos: os santos meninos.

♪ ♫ "São Cosme e São Damião
Cheira cravo, cheira rosa
Cheira flor de laranjeira
Vadeia Cosme, vadeia
Vadeia Cosme na areia". ♪ ♫

EU AMO ESSA FESTA!


Por amor a Deus e ao próximo, consagrastes a vida no cuidado do corpo e alma dos doentes. Abençoai os médicos e farmacêuticos. Alcançai a saúde para o nosso corpo. Fortalecei a nossa vida. Curai o nosso pensamento de toda maldade. A vossa inocência e simplicidade ajudem todas as crianças a terem muita bondade umas com as outras. Fazei que elas conservem sempre a consciência tranqüila. Com a vossa proteção, conservai o meu coração sempre simples e sincero. Fazei que eu lembre com freqüência estas palavras de Jesus: “Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o Reino de Deus”.
São Cosme e São Damião, rogai por nós, por todas as crianças, médicos, farmacêuticos e enfermeiros.




quarta-feira, 26 de setembro de 2012

SENTA QUE LÁ VEM MAIS UMA HISTÓRIA.



A medida que vou construindo o meu blog "A Colecionadora de Silêncios", vou partilhando algumas de minhas histórias ( de vida) com vocês. Ele ainda está meio desordenado, mas logo que tomar corpo, vou ajeitá-lo sequencialmente.
Hoje eu levo vocês para o meu ano de 1999, mais ainda para o início do mês de abril, onde eu trabalhava como administradora de um condomínio na Barra da Tijuca chamado "Nau da Barra"...como eu fui parar lá? Ah, essa é uma de muitas histórias fantásticas ( sobrenaturais) e inacreditáveis que aconteceram na minha vida -  com a conspiração do Universo e a ajuda dos  chamados "Anjos", que vou deixar para contar em outra oportunidade.
Pois bem, foi exatamente no mês de abril deste ano que comecei a perceber algumas alterações no meu corpo, um sangramento menstrual além da normalidade. Como trabalhava o dia inteiro e precisava daquele salário para colocá-lo nas despesas de casa e de meus filhos, fui deixando o tempo passar, negligenciando um problema que se tornou muito mais sério meses depois. O problema se agravou a ponto de não poder mais trabalhar, pois os sangramentos iam aumentando com o passar do tempo, impedindo que saísse de casa.Como desgraça nunca vem sozinha, nesta época meu marido estava desempregado, o dinheiro só vinha do meu trabalho que passei a não ter. Como nunca tive nada na minha vida, só me restava o hospital público. Daí fiz uma inscrição e comecei a esperar a data da consulta, marcada para 3 meses depois. Só que a doença foi se agravando, o sangramento piorando, aumentando cada vez mais. No desespero, procurei a minha mãe e contei o caso para ela. Respondeu que iria consultar o seu médico para ver o que poderia ser. Pois bem, o médico dela ficou apavorado e pediu que fosse até lá para ser examinada e acabou descobrindo que tinha um caso raro de mioma, o chamado "mioma parido", que abria uma cavidade por dentro e ia acabar morrendo se não fosse operada de emergência o mais rápido possível. Esse mesmo médico, diante da gravidade do problema, ligou para a minha mãe se prontificando a operar-me de graça, mas não poderia pagar a equipe de  anestesistas do bolso deles ( que cobravam R$1.500,00 ). Sabe o que ela respondeu? Que era problema meu, que eu me virasse com os meus problemas sozinha, porque ela não ia tirar os R$ 1.500,00 da despesa de casa de jeito nenhum.
Senhores, comecei a uma corrida de encontro ao tempo, a bater de porta em porta sem que ninguém me ajudasse. O tempo foi passando e já estava muito debilitada, com uma anemia quase que profunda, pois meu hematócrito chegou a 19, onde o normal seria 44 na mulher. Já não comia porque não sentia apetite, tinha taquicardias constantes e um sangramento que não me deixava sair do banheiro. Para se ter uma ideia, eu colocava uma toalha de banho entre as pernas e retirava 5 minutos depois, lotada de placas de sangue. Um dia, depois de passar a madrugada debaixo do chuveiro vendo a minha vida se esvair na água, meu marido me pegou pelo braço e me levou até ao Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. E lá, logo disseram que não tinha vaga para internação. Num ato de desespero ele tirou a carteira de Imprensa do bolso e disse que iria chamar os jornais se ele tivesse que voltar comigo naquele estado para a casa e me ver morrer sem socorro. Bastou para a vaga aparecer e começava ai uma longa jornada de recuperação até a minha cirurgia, pois eu estava totalmente debilitada, com pressão, glicose, tudo alteada por conta da anemia.Fiquei 25 dias internada tomando sangue quase que diariamente ( porque saía tudo por baixo), de repouso absoluto e sendo medicada para então poder ser operada e me livrar de vez daquela agonia. Durante esses 25 dias internada e deitada num leito de hospital quase à morte, minha mãe e meus irmãos não se deram ao trabalho de levantar a bunda do seu conforto de seus lares para irem me visitar, e isso  me levou a questionar que tipo de ser humano era aquele que tinha me parido. Porque eu jamais deixaria uma pessoa sem socorro ( mesmo um desconhecido), a não ser que não tivesse nenhuma forma de ajudar, o que não era o caso dela. Minha mãe sempre foi uma pessoa que fez questão de mostrar para os outros que é uma boa pessoa, uma boa professora quando estava na ativa, uma boa avó, uma boa esposa, uma boa vizinha, uma boa patroa, uma boa mãe ( para os meus dois irmãos, porque para mim ela sempre fez questão de dizer desde pequenina que não gostava de mim, e que filho ela só tinha parido dois).

terça-feira, 25 de setembro de 2012

SOLIDARIEDADE.

"Que se fechem todas
as portas, mas que
deixem uma pequena
fresta para que eu
possa sonhar em passar !"
- Vulto Madhiba 

Manifeste seu compromisso com a cidadania e sua rejeição a toda forma de violência e exclusão. Solidariedade com a vida, com toda forma de vida. Solidariedade com a Paz.
Faça parte de um grupo que saiba sua importância dentro da humanidade.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ANJOS


São Tomás de Aquino afirma que os anjos carregam mensagens e distribuem sementes de intuição entre as pessoas. Aquela transmissão de pensamento, aquela sensação que você não sabe explicar, aquele sonho que se revela profético pode
 ser um anjpo soprando no seu ouvido.
A visão do teólogo dominicano é, obviamente, católica, mas os anjos não são privilégio do catolocismo.Os judeus, por exemplo,têm com eles uma profunda relação
Mas anjos de carne e osso também existem. Basta lembrar daquelas pessoas amigas que estão sempre ali, nos oferecendo ajuda e proteção. Gente de semblante sereno, brilho no olho, voz mansa e aura fosforescente.
Pense bem e você verá: esses anjos também são fundamentais na vida da gente.
Sem contar com aqueles completamente desconhecidos, que nunca vimos mais gordos ( e nem mais magros ), mas que, quando cruzam o nosso caminho, deixam um rastro de luz.
Mas atenção, há quem defenda que nem só de anjos bondosos e a fim de ajudar é feito o universo espiritual. Segundo a Bíblia, só existiam anjos bons num primeiro instante. Depois, em um segundo momento, eles se dividiram entre o bem e o mal.
Os anjos da guarda são os mais populares e, dizem, atarefados.
Bem, reza a lenda que, quando uma criança nasce, um determinado anjo passa a protegê-la 24 horas por dia. É um guardião designado antes mesmo do nascimento, mas que só oferece proteção em tempo integral até os 8 anos.
Só sei que aos nos colocar à prova, eles nos ajudam a fortalecer os nossos "músculos virtuosos", testando a nossa moral e provando que somos do bem.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

PAIXÃO PELA FOTOGRAFIA.

Amo fotografar. Enquanto adolescente já produzia alguns milagres com aquela máquina Kodack que vinha com uns cubos de 4 flash. O que mais gostava de aprisonar era o por-do-sol... depois de reveladas, saiam imagens incríveis.
Hoje ainda amadora, tenho a mesma curtição, por isso  vou dividir com vocês um pouco das mais incríveis daqui mesmo onde moro atualmente. Espero que apreciem.














quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PETRÓPOLIS, UMA CIDADE DE NENHUM AMIGO.

Assim que viemos ( eu e meu marido) morar e trabalhar aqui na cidade de Petrópolis/RJ a convite de uma Rádio católica AM que não nos pagava, com o passar do tempo e falta de dinheiro para saudar nossos compromissos, tivemos que vender muitas de nossas coisas para não passarmos fome, dentre elas uma câmera de filmar importada caríssima que comprei na época das vacas gordas, quando ainda morávamos e trabalhávamos na nossa cidade - Rio de Janeiro. Graças a "presteza e a boa vontade" do povo petropolitano ( sempre tão acolhedores) em ajudar quem precisa, quase fomos despejados da casa que morávamos para debaixo de uma ponte qualquer, pois para TODAS AS PESSOAS que pedimos ajuda, nos negaram qualquer tipo de auxílio ( até mesmo a de um prato de comida ... passamos 3 meses apenas com uma refeição diária, que consistia em farinha, arroz e cebola). Dentre essas pessoas estão meus 3 filhos, aqueles que dediquei anos de amor e de liberdade para que crescessem felizes e saudáveis, até uns anos  atrás quando ainda tinha algo para oferecer (R$) e se interessavam em ter a minha presença por perto: quando precisei  e implorei para passar 15 dias no meu apartamento no Rio a fim de conseguir um lugar para morar e voltar para a minha cidade, já que em Petrópolis não se conseguia nada... por ganância, mesquinharia e olho grande não me deixaram entrar na minha própria casa ( acho que trocaram até o segredo da fechadura). Meus filhos são excelentes como amigos ( dos outros), mas péssimos como filhos... nunca me deram a mínima importância.
Lembro de todos( em Petrópolis) que pegaram os nossos curriculos, riram do nosso desespero e o jogaram no lixo; daqueles outros que compraram as nossas coisas a preço de banana, se aproveitando do nosso desespero por um prato de comida; outros que pegaram e nem pagaram, e muitos outros que nos negaram trabalho sem se quer nos deixar falar e mostrar o nosso valor. Bem, algumas outras poucas coisas eu não abri mão de vender: este equipamento fotográfico foi um deles...resistiu à fome. Não sou uma pessoa rancorosa, mas minha avó me ensinou que as histórias não podem ser esquecidas para que não se repitam... para que você não vire joguete e babaca nas mãos de quem não se interessa por você. Depois que vim para Petrópolis, me apercebi quem eram as pessoas com as quais perdi tanto o meu tempo, fiquei mais esperta . Hoje eu não desperdiço mais a minha energia com elas.

Não se iludam, tudo  nesta vida precisa ser construído em uma via de mão dupla ... 50% de cada lado. Se não for assim, desconfie e pule fora,porque não vai dar certo. Confúcio, o grande pensador, já dizia que para se conhecer as pessoas que se dizem nossos "amigos", temos que passar pela Sucesso e pela Desgraça...no sucesso verificamos a quantidade, e na desgraça a qualidade.

domingo, 16 de setembro de 2012

CACHOEIRA DO BONFIM, PETRÓPOLIS, RJ.


Eu adoro uma cachoeira. Fui criada em beira de rio e praia, pois meus avós paternos ( que eram portugueses), tinham uma casa em Itacuruçá, onde toda família passava suas férias escolares de 3 meses. Era a maior bagunça todo mundo junto num local onde nem  iluminação tinha... a geladeira era de querosene.
Hoje, eu entendo que tomar banho numa cachoeira é poluir suas águas, por isso sempre que posso, venho para o Bonfim (  Corrêas, Petrópolis) respirar e olhar essa Natureza tão bela, que está sendo ( aos poucos) degradada por pessoas inescrupulosas, que constroem irregularmente e poluem suas água com dejetos.
Não compreendo como alguém pode fazer mal a quem só lhe traz beleza e equilíbrio.


sábado, 8 de setembro de 2012

PALAVRAS


Tenho necessidade de ver as palavras pularem do papel e se mexerem dentro das pessoas, de preferência na vida de todos os dias.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

PROGRAMA MAIS VOCÊ


Hoje, dia da Independência do Brasil ,o programa "Mais Você" apresentado por Ana Maria Braga, terminou a semana com chave de ouro ao trazer um  "Risoto de Limão com Sardinha" elaborado pelo Chef JoaquimKoerper ( um dos melhores Chefs da Península Ibérica), depois de ter desfilado pelo programa profissionais renomados da Arte da Culinária  como a maravilhosa Roberta Sudbrack , o espetacular ( em todos os sentidos) Emmanuel Bassoleil , o fantástico Claude Troisgos e o sensacional Laurent Suaudeau. Mas uma coisa hoje  também  me deixou muito feliz, além ( é claro) de poder aprender com esses profissionais tão gabaritados, que foi a presença do ganhador do Super Chef 2011- o Chef Thiago Arnaud,  onde acompanhei toda a sua trajetória no desafio, torcendo e votando por ele no final. Também o programa  nos proporcionou pedaços da  viagem  do Chef Thiago Arnaud à França... o seu passeio naquela Feira de Gastronomia que me deixou estupefata em meio a  tantos produtos e utensílios que podem ser encontrados num só lugar e, é claro, o seu pedido de noivado as margens do Sena.
Eu sou apaixonada pela Culinária, meu sonho sempre foi a de ser uma Chef e viajar pelo mundo experimentando sabores, mas  tive meus 3 filhos muito cedo, parei toda minha vida em função deles, pois queria poder cuidar e acompanhar de perto o seu crescimento. Quando dei por mim, tudo tinha passado muito rápido e as dificuldades da vida me fez abrir mão de muita coisa, inclusive do meu sonho. Hoje, aos 54 anos de idade a única coisa pela qual espero é a morte. Nada mais pode ser feito nesse sentido. Os filhos que tanto amava foram embora, não me visitam porque não tenho nada para oferecer que lhes interessem. Vivo  com o marido do segundo casamento, no qual sou casada há 16 anos, pois o pai de meus filhos foi embora de casa quando os filhos ainda eram pequenos, me deixando sem emprego, sem nada dentro de casa ( pois encostou um caminhão e levou tudo, inclusive roupas e documentos da gente para montar casa com sua amante)e sem pensão. Meu marido trabalha numa Rede de Supermercados  na cidade onde moro atualmente, e ganha um pouco mais que um salário mínimo para pagar um aluguel de R$ 700,00. Ou seja, vivemos num eterno "tira dali para colocar aqui",pulando igual pipoca, pois desde que saí da minha cidade Rio de Janeiro e vim para a região serrana, não consigo um trabalhar, mesmo sendo formada em Letras. Mas o que eu amo e sei fazer bem é cozinhar,infelizmente meu marido é uma pessoa que nunca incentivou muito esse meu lado, morre de vergonha só de pensar me ver vendendo comida pela rua e prefere que vivamos nessa mesmice e dureza...é que como ariana me cobro muito, e acho sempre que tudo que eu faço não está a altura de ser comercializado. Não está pronto, entende ?  O meu grande sonho seria o de me matricular naquela famosa escola de Culinária Francesa, "The Cordon Bleu" e sair de lá com uma doma bordada ( um sonho que vai ficar para a próxima encarnação). Sou uma pessoa muito disciplinada que adora estudar  e, dentro do meu restrito recurso, procuro conhecer um pouco mais desta arte através de livros. Agradeço ao Programa "Mais Você" da Rede Globo por ter me proporcionado alguns momentos de felicidade com a presença desses Chefs,pois a última vez que comi em um restaurante foi quando meus filhos ainda eram pequenos, creio que por volta de 1995.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

MINERAIS


Os minerais também sempre fizeram parte de minha vida. Desde pequena que recolhia pedras e conchas em rios, cachoeiras e praias...engraçado lembrar disso, porque anos mais tarde é que vamos nos dar conta de como a paixão por algo ( em nossas vidas) já se fazia presente enquanto éramos bem pequenos.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

AMOR PELOS PÁSSAROS


Eu tenho verdadeira adoração pela natureza, em especial para com os pássaros. 
Creio que tudo começa desde que nasci e fui registrada com o nome de Silvana - do radical latino "silva" = selva. Meu nome me ensina que devo amar a Natureza, a Vida e a Deus... na próxima encarnação eu serei uma Bióloga com especialização nas aves.
Pode crer, está escrito!



quinta-feira, 30 de agosto de 2012

DISCOTECA DO CHACRINHA


♪ ♫ Roda, roda, roda e avisa
um minuto pro comercial
Alô, alô Terezinha
É um barato a Discoteca do Chacrinha ♪ ♫

Cheguei em casa agora a pouco e peguei o final do "Cassino da Fátima" no programa "Encontro com Fátima Bernardes" exibido Rede Globo de Televisão, em homenagem ao "Velho Guerreiro", e lembrei da minha época de criança/adolescente, onde ficava sentada na sala quietinha vendo aquele homem gordo e irreverente "bregamente" paramentado com roupas brilhantes e um disco de telefone no peito, com uma voz nada convencional para a época, que jogava bacalhau na platéia e dava abacaxi como prêmio, buzinando no ouvido dos calouros e gritando "♪ ♫ Terezinha... ♪ ♫ ", administrando um misto de  dançarinas com maiôs decotados exageradamente, músicos entrando e saindo do palco, equipamentos de TV rodando por baixo das pernas dos artistas, e platéia sempre acesa...tudo meticulosamente coordenado por ele.
Nascido em 30 de setembro de 1917 e falecido a 30 de junho 1988, José Abelardo Barbosa, popularmente conhecido como "Chacrinha", foi um dos maiores comunicadores de rádio e TV que o Brasil já teve. E o  fascínio que tinha por tudo aquilo  e por sua sábia arte em comunicar, foi determinante ( anos mais tarde) no momento em  que tive de optar ( com 18 anos) a profissão que iria abraçar : "Comunicação Social", uma cadeira criada há apenas 5 anos, numa época em que a ditadura era o sistema dominante de governo no Brasil.
Hoje, passados esses anos e fazendo uma rápida retrospectiva da minha vida, vejo que apliquei muita coisa daquela "bagunça organizada" dos sábados dentro dos segmentos com os quais atuei....não gosto de monotonias e nem de mesmice. No meu trabalho com alunos considerados "em risco social" nas muitas comunidades carentes do Rio de Janeiro em que atuei como professora, era conhecida como a "professora que fazia chacrinhas", afinal "quem não se comunica, se trumbica"...é o ditado mais certo que conheci. E hoje, interagindo com vocês nas Redes Sociais da vida, eu uso como marca dois bordões, também vindos desse maravilhoso comunicador, que são:  "EU ESTOU AQUI PARA PROVOCAR" e "EU ESTOU AQUI PARA CONFUNDIR". Essa sou eu.
Saudades do "Velho Guerreiro"....determinadas pessoas não deveriam nunca deixar de existir fisicamente.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

CONTINUAÇÃO DO POST ANTERIOR

Meus primos queridos, não encarem o depoimento de ontem como mágoa. Hoje eu posso escrever e falar sobre tudo isso com muita clareza, coisa que há uns anos atrás não conseguiria. Encarem esse meu Blog "COLECIONADORA DE SILÊNCIOS" como uma espécie de exorcismo e de uma troca de experiências entre eu e os leitores.
Essas histórias podres ficaram no passado e não posso me livrar delas totalmente, porque têm um certo peso dentro do rumo que a minha vida tomou.Vou levar isso para sempre, não posso me apartar delas, é como se fosse uma segunda pele...tive que aprender a conviver com essas dores para que elas hoje não representem tanto mal, não sejam mais um impecílio para a minha PAZ INTERIOR e FELICIDADE. Num ponto me favoreceu, porque me tornei expert em certos aspectos da sordidez humana, já que tudo possui dois lados. Hoje procuro ser uma outra pessoa, feliz comigo mesma por ter entendido o processo cruel de pessoas que não estavam preparadas para serem pais. Pessoas estas que passaram todo meu crescimento despejando caminhões de frustrações em cima de mim, como se eu fosse culpada por tudo aquilo que acontecia com eles, ou que não acontecia. Eram excelente educadores dos filhos dos outros, mas só eu sei o que acontecia comigo quando a porta de casa era fechada.Meu destino foi mudado porque eles  bloqueavam tudo de bom que de mim se aproximava. Até bem pouco tempo, minha mãe me fazia de gato e sapato, dizia o que bem queria por telefone e eu ficava ouvindo feito uma babaca, sem reagir... ela se dava ao trabalho de telefonar só para me distratar.Hoje ela não tem esse poder sobre mim, porque cortei relações com TODOS, vim morar bem distante, mudei o número de meu celular e não quero saber de nada que vem de lá. Só permito que se aproxime quem realmente gosta de mim. Não admito que ninguém mais me faça mal, chega!
Amo vocês, Marluce e Aécio ♥ ♥ ♥. Como disse no post anterior, vocês são as únicas lembranças boas que tenho daquela época. Beijo e vamos tocar a vida porque ela não pára ♥

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

MEUS PRIMOS DO CORAÇÃO


Minha mãe sempre foi uma pessoa  preconceituosa e autoritária. Por conta disso, me excluiu do convívio de tios e primos dos 12 irmãos que ela teve. Nem os irmãos dela eu conheci... melhor, só conheci e convivi ( muito pouco com apenas cinco que foram a minha avó Maria , meu primos José Antonio, Mariza e a uma outra prima, que já faleceu, chamada Luiza e a minha tia Neuza, que enquanto teve uma grana ela não saía de sua casa nos dias de domingo. Depois que essa minha tia foi abandonada pelo marido e perdeu tudo, nem a porta de sua casa para ela, abria). Mesmo da família de meu primo Aécio, ela só foi se aproximar melhor quando a vida de vocês melhorou, depois que foram para Campo Grande abrir um negócio próprio. Para ela o dinheiro é mais importante do que tudo e quem é pobre, está riscado de seu convívio. Ela
afastou toda família do nosso convívio, porque tinha vergonha por serem pobres, não gostava que batessem em sua porta e quando o faziam, ela nem atendia, mandava o poreteiro dizer que não estava.
A tese dela era: tem dinheiro, presta. Não tem, fora ! E assim ela fez com a gente a vida toda, mostrando que o dinheiro é a coisa mais importante do que o convívio sócio-familiar. E talvez por eu pensar diferente dos meus irmãos ( porque tive muito contato com a minha avó materna que ara pobre), ela tenha me excluído da convivência do restante, porque ela sempre me dizia ( desde pequenina) que não gostava de mim porque tinha cara e jeito de pobre.Realmente, eu morria de vergonha daquele jeito dela de metida, que torcia o nariz para tudo, fazia comentários jocosos dos parentes ( como se ela fosse a melhor) e gostava de fazer pouco das pessoas, olhando-as de cima... sempre foi assim e a velhice não a fez mudar de opinião.lembro bem por ocasião dos presentes de Natal...o quanto ela ria e debochava daquilo que ganhava. Já naquela época tinha total entendimento de que aqueles presentes que ganhávamos era a representatividade de um ato simbólico, uma pequena lembrança para selar aquela reunião festiva familiar, mas ela parecia que não.
Meu pai coitado, esse era um banana e um fantoche nas mãos dela... viviam as turras, mas ele não tinha coragem de bater de frente com ela, mesmo diante de absurdos que via e ouvia de sua boca. E como brigavam... porque na casa dela só entrava quem ela queria e no momento que ela queria. Ao que cabia a ele ( pai) era o de trabalhar e colocar o dinheiro nas mãos dela. Por conta disso, pouquíssima parte da minha infância/adolescência eu sinto saudades. A prova final de sua grande falta de noção sobre os valores mais importantes da vida e de sua autoridade, se deu por conta do falecimento de meu pai, quando meu tio Eduardo ( um de seus irmãos), quis acender uma vela para iluminar a passagem de meu pai ( um ato simbólico dentro daquilo que ele acredita ser verdadeiro) e a minha mãe não permitiu. Não estava presente ao acontecido, horas mais tarde, quando cheguei ao cemitério, ela fez ( como sempre), fez um comentário jocoso a esse respeito. E vocês, primos Aecio e Marluce eram os primos que mais gostava, talvez pela proximidade da idade, afinidade, sei lá, talvez até porque me faziam rir. Lembro da minha vida presa dentro de um quarto e ficava torcendo para nos dias de sábado ensolarados do Rio de janeiro, ela deixar eu ir para a casa da Marluce... me sentia muito sozinha e queria participar daquela farra na piscina... qual nada!. Foram pouquíssimas vezes que fui até à casa dela... creio até que por maldade mesmo, pois tudo que me contrariava era o que ela ( mãe) acabava fazendo.Gostava muito do meu tio Eduardo, creio que por conta da semelhança com meu pai, ou até porque ele me dava atenção, conversava comigo e me fazia sorrir com as bobeiras que vivia inventando. As fases que mais dou risadas quando lembro, vocês estão presentes, muito bom.
Obrigada a vocês dois - Marluce e Aecio -  pelos poucos momentos de felicidade que me proporcionaram naquela época. Só mesmo vocês dois me fazem sentir saudades daqueles tempos tão tristes para mim, onde muitas coisas até hoje tento esquecer ♥ ♥ ♥
Perdoem a minha franqueza, pode até ser que não tenham gostado de ler o que escrevi, mas essa é a minha essência: detesto hipocrisias. Talvez por ter sido criada num ninho de. Sou uma pessoa que sabe o que é bom, gosta do que é bom, mas detesta fazer pouco de quem quer que seja. Também não quero do meu lado quem não gosta e não fecha comigo. Essa sou eu. Eu amo vocês, meus queridos e inesquecíveis. Vocês terão sempre um lugar no meu coração.

domingo, 26 de agosto de 2012

SENTIMENTO DE CULPA ?


SENTIMENTO DE CULPA ? Eu não me sinto mais culpada por nada, estou fora desse circuito. Sou responsável pelos minhas palavras e atitudes, respondo por todos elas, se necessário.
Sofri anos e anos da minha vida com pais, familiares e conhecidos tentando colocar em mim a culpa pela suas atitudes erradas, por suas frustrações. Depois de muito estudar, ler e me formar ( e continuo lendo), finalmente entendi o processo perverso dessa lógica, que começou lá com o cristianismo.
Hoje, quero que todos eles vão para aquele lugar, de preferência para à PQP...destilar o veneno bem longe de mim, e divirtam-se com as suas consciências culpadas, se é que eles as têm.
Você leva porrada de todos os lugares, fica girando em torno deles porque se acha culpada por algo que não compreende bem, e no momento que precisa TODOS lhe fecham a porta esperando você cair para continuar falando mal. Dessa forma ( isso é uma roda) será sempre assunto de comentários jocosos nas reuniões familiares. Quer saber, meta o pé nessa gente acha que o mundo gira em torno de seu umbigo . Se parar para pensar, sempre esteve sozinha e pior, com sua vida exposta a comentários alheios... então porque continuar perto de quem lhe faz mal ? Saindo fora dessa gente perversa, eles vão esquecer da sua existência, porque além de falarem mal, adoram de sugar as nossas energias, usufruindo da nossa boa vontade, já que nos sentimos culpadas, e deixem que procurem outra pateta (o) para se divertirem
Evidente que não é fácil de se livrar, muito menos desapegar de quem a gente ama ou quer bem, mas perceba que o sentimento deles para com você é uma via de mão única. Graças a mim mesma na eterna busca pelo conhecimento, consegui me libertar dessa p*rra e mando qualquer um para a #PQP que OUSAR TENTAR apontar o dedo para mim e transferir de lá para cá quaisquer frustrações. É claro que para tudo se tem um preço, e para me livrar dessas cobras peçonhentas, hoje vivo eu e meu marido apenas: só contamos conosco, não morremos e somos felizes ao nosso jeito... no final tudo se acomoda e acabamos nos habituando. Hoje eu só fecho com quem está realmente a meu lado. Muita gente me fez de boba, riu e zombou de meus sentimentos, da minha boa fé e me fez de gato e sapato aproveitando-se da falta de conhecimento/experiência que tinha nesta área sórdida da natureza humana - reconheço todas elas ( uma a uma) e mais uma vez reafirmo...quero-as, cada qual com sua maldade que carrega no coração bem distante de mim.
 Faça como eu, CORTE O CORDÃO, DESAPEGUE e passe a contar somente com você, dando valor apenas a quem realmente fechar contigo, porque sozinha já você estava mesmo há muito tempo.
Eu amo todos eles e não desejo mal a ninguém..., só que quero cada qual com a sua energia podrona, bem distantes de mim.
Eu não sou a dona da verdade, mas procuro passar um pouco da minha experiência de vida, afinal é nos outros que nos reconhecemos. E o meu conselho é: nunca deixe que o inferno dos outros invada seu paraíso.

sábado, 25 de agosto de 2012

HISTÓRIA DE UMA FIAT 147 L

Uma ocasião em minha vida, meu ex marido comprou este FIAT 147 enquanto esperava o dinheiro do seguro de um Dell Rey que tinha sido roubado, só mesmo para não ficarmos a pé comprou um carro desse usado e cheio de problemas. Naquela época nossos 3 filhos ainda eram pequenos. Ave Maria, o que empurrávamos para frente e para trás não estava no gibi! Lembro uma vez, época de festa carnaval, fomos para uma pousada chique em Vassouras passar os dias de carnaval com as crianças. Quando ele parou na portaria para descer as malas e as crianças, o carro começou a ferver e enfumaçar... que vergonha! Chegamos na hora do almoço, o restaurante estava cheio com hóspedes almoçando e o povo que não estava próximo à janela, correu para ver do que se tratava.Subimos incógnitos para o quarto a espera do pessoal que estava almoçando, acabar de comer... só um tempo depois resolvemos descer porque as crianças estavam cheias de fome ( e nós, com a cara no chão de vergonha). Estávamos acostumados a frequentar aquela pousada, mas não com aquele carro cheio de problemas kkkkk FOI UM MICAÇO! Hoje, passado esses anos, lembrando da cara que fizemos e do mico que pagamos, dou boas gargalhadas. Tenho algumas outras histórias hilárias para contar por conta desse carrinho.
Seu slogan na época era; Fui Iludido Agora é Tarde!

domingo, 12 de agosto de 2012

DIA DOS PAIS


FELIZ " Dia dos Pais "....se o seu pai já se foi como o meu, hoje é o dia para relembrar só coisas boas. Se ele ainda está entre vocês, aproveitem para curtir muito não só este dia, mas todos os restos de seus dias, porque depois que a Morte o levar, não adianta enfeitar lápide. 
Cada dia longe daqueles que nos deram à Vida, é um dia a menos que deixamos de aprender a caminhar por esta estrada tão dolorosa e solitária. Seu pai pode não ser aquilo que você tanto esperava, mas dele veio parte de seu bem mais mais precioso - a sua Vida. 
Estamos sempre por um fio, por este motivo, devemos fazer pelos nossos enquanto estão entre nós, porque pior que a dor da perda, é a dor da consciência culpada.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Carta aos meus leitores ( parte I)


Meus amigos, obrigada por suas palavras carinhosas para comigo,realmente a minha passagem por aqui sempre foi de muita luta, aliás a nossa passagem é sempre de muita luta ( cada um com seu carma para resgatar). Primeiro porque tive uma mãe repressora, castradora, que passou a vida me perseguindo e embarreirando todas as coisas boas de se aproximarem de mim, me excluindo, inclusive, do convívio com meu pai, irmãos, filhos ( depois que meu pai veio a falecer) e parentes com os quais me relacionava bem.
Depois, quando eu pensei que com os meus filhos seria diferente, teria ( finalmente) uma família e com ela um pouco de Paz e felicidade, com uma casa alegre, gente entrando e saindo ... a minha filha mais velha arrancou de mim ( sem a menor consideração), a única coisa boa que tinha sobrado do amontoado de merda que a minha vida sempre foi - um cão labrador que ela mesmo largou na minha mão até os três anos de idade. Chorei 4 meses seguidos ( dia e noite) a falta dele, e ela não deu a mínima bola, tão pouco a consideração de atender as minhas ligações.
Depois disso, quando aconteceu os deslizamentos na serra e precisei sair de onde estava, pois a antiga proprietária do imóvel que residia queria alugá-lo mais caro por conta da subida de preço na região, e não tinha para onde ir porque isso aqui virou uma praça de guerra a procura de lugar para morar, tive que me socar no meio do mato numa encosta, arriscando a minha vida, porque meus filhos ( que foram criados por mim com todo amor e carinho), não me deixaram passar uns dias no meu apartamento onde eles moram juntos, até que acertasse a minha vida e achasse um cantinho mais digno para morar. Então meus amigos, diante de tudo que tenho vivido e aprendido, para mim nada mais importa, já que passei a vida tendo tudo arrancado de mim.
Eu procuro ajudar os outros na medida do possível e detesto de ser rotulada de "boazinha". Diante da "máquina de moer carne" ( assim como bem disse) que foi e está sendo a minha caminhada aqui neste plano, procuro auxiliar meu próximo do jeito que posso, usando conhecimentos adquiridos nas faculdades que cursei para amenizar a dor de quem não saber nem ler, quanto mais se defender da Vida. Somente isso. Não o faço porque sou "boazinha", o faço porque não gosto de covardias, embora tenha consciência que tenho um limite imposto pela própria Vida para adentrar o espaço do outro. Eu e meu marido passamos fome nesta cidade sem que ninguém se importasse com o nosso problema - todas as portas que batemos foram fechadas no nosso rosto sem a menor consideração ao próximo.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

carta aos meus queridos leitores ( parte II)

...ainda bem que tenho testemunhas de que fui uma boa mãe, de alguns dos amigos de infância, que conviviam conosco diariamente. Meus filhos nunca estiveram interessados em carinho, em bem querer, o que eles querem é um caixa forte e isso eu não pude dar porque tive de escolher entre vê-los crescer e correr atrás da minha profissionalização. Eram 3 e não contava com a facilidade que o mundo de hoje dá com creches. Outra coisa é que o pai deles era um mulherengo e um bêbado, vivia me batendo e gastava o que ganhava em farras na rua com amigos e orgias com mulheres. Quando dei um pé na bunda dele, saiu da minha casa levando tudo, inclusive roupas minhas e dos filhos, documentos, certidões, fotos...tudo que estava dentro dos armários e gavetas, não se preocupando que os filhos eram pequenos e não tinha um emprego para sustentá-los.Quando telefonaram lá do do condomínio avisando que ele estava com um caminhão de mudança na porta da minha casa levando tudo, minha mãe atendeu e não me disse absolutamente nada, omitiu a informação para que desse tempo dele carregar tudo. Só deixou aquilo que não podia retirar, tipo vaso sanitário e janelas. Fugiu durante uns anos para não ter de pagar a pensão (com a ajuda da minha mãe que passava todas as informações do que acontecia lá em casa para ele, fato esse descoberto anos mais tarde pela minha filha mais velha) e quando o cretino apareceu, comprou as crianças com passeios de carro, comidas em restaurantes caros, porque a tal coroa que ele havia se juntado, tinha um qualquer para sustentar a boa vida dele de orgias e bebida. E quando soube que estava com outro homem, ainda teve a cara de pau de dizer para os filhos ( que viviam cobrando ajuda financeira), que o homem que estava comigo é que tinha obrigação de sustentá-los, já que morava dentro da minha casa. Anos mais tarde, quando consegui me divorciar, acabamos nos casando e vivemos juntos até hoje. Por isso não tive tempo de fazer a minha independência financeira, estava ocupada correndo atrás ( diariamente) de colocar comida dentro de casa. Enquanto isso, na minha casa, um saco de leite era acrescido de meio litro de água para dividir entre todos.Ele, que não era o pai biológico deles, cansou de ficar sem comer comigo para que eles fossem alimentados. Hoje, o pai paga uma de bom moço, de pai responsável e preocupado e a mamãe é que nunca prestou por ter se separado dele e privado os filhos da boa vida que ele desfruta hoje. Só eu sei o que passei com a caçula que vivia doente, com crises de bronquite, dias e dias, semanas com ela no colo andando dia e noite pela casa e pegando carona na rua para levá-la ao hospital. Um sem vergonha, cara de pau, que se aliou a minha mãe para me tirar da jogada e me manter longe deles .Pois saibam que vocês são a minha razão para postar bobagens, afinal só restaram vocês na minha vida. Estaremos juntos SEMPRE, rindo, chorando, ajudando porque uns aos outros da forma que der e convier a cada um, porque no final das contas, são apenas as histórias que levamos conosco, algumas nos trazem tristeza, a maioria alegria, saudades e não gosto de estar repartindo aquilo que passou e não tem volta e nem jeito de consertar. Por isso vamos continuar rindo e esculachando os nossos políticos. VIVA O BOM HUMOR! Que sirva de experiência, mas eu cheguei no fundo do buraco quando escolhi vir morar aqui, pensando que daria para meus filhos um lugar mais tranquilo para passarem feriados, um lugar distante daquela violência infernal do Rio de Janeiro, mas me enganei. E no momento em que mais precisei deles, ainda jogaram terra em cima para que fosse enterrada viva. Só que eu continuo cavando, tentando sair e vou conseguir, vamos ver quando a roda mudar lado.Um dia eu também achei que era dona do mundo, só que nunca saí pisando no sentimento das pessoas, tão pouco caçoando delas como fizeram comigo. Minha avó já dizia que as histórias não podem ser esquecida spara que a pessoa não caia no mesmo conto do vigário. Certíssima, essa sim gostava realmente de mim, acho que foi a única.Enfim, cada um com seu carma para pagar, não é verdade? Bola pra frente que atrás vem gente. Nada de ficar estacionado remoendo o que já foi e não tem conserto, o negócio é seguir em frente sem pisar nos outros.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

carta aos meus queridos leitores ( parte III)


 Pois de todas as dores que senti na vida, mesmo quando ainda com 12 anos escutava (sem entender) minha mãe dizer que não gostava de mim, não foi pior que a apunhalada que levei, sobretudo de quem dediquei grande parte da minha vida e do tempo, tempo esse que poderia ter aproveitado para me realizar profissionalmente, talvez hoje eu teria o dinheiro que eles tanto perseguem e me olhassem com respeito. E quando tive, por força das circunstâncias, retornar ao mercado de trabalho, estava desatualizada, não sabia mexer em computador e tive de fazer o que aparecia, desde vender Barsa, até plano de saúde e, por fim, ser papa defunto.Também sei que é muito difícil permanecer com a sua essência depois de tanta porrada que a vida nos dá, mais ainda daqueles que você pensa que te querem bem, contudo  tento não mudar, pois não quero me transformar numa pedra.Não quero me transformar numa pessoa oca, sem sentimentos, igualmente vejo no semblante de muitas pessoas que mora aqui onde estou morando.
 Minha mãe sempre esteve ao meu lado, talvez para tentar empurrar-me de volta, caso tente sair do buraco. É assim que ela faz até os dias de hoje, falando mal de mim para todos que a cercam, minando a minha pessoa com comentários maliciosos, naquela vozinha doce, essa sim é a chamada "boazinha". Sempre procurou me "ajudar", dando uma esmolinha ali, outra aqui, para manter a sua consciência tranquila e a certeza de manter-me longe de sua área de atuação. Dessa forma se mantém informada da situação e pode agir, caso me mexa muito para tentar do buraco que ela cavou para eu deitar. Pois ela tem que ser, não só o centro, mas frente, laterais e fundos de atenção. Nunca se colocou na posição de avó, e depois que o "títere" do pai morreu, outro maria-vai-com-as-outras, que embora vivessem as turras dentro de casa, embarcava nos enredos doentes que ela criava, e não fazia nada para frear suas loucuras e sandices para não arrumar problemas de convivência, se ocupou de jogar os meus filhos contra mim, de mansinho, aos pouquinhos, como ninguém quer nada...querendo. Hoje eu consigo compreender com uma certa clareza o que aconteceu, depois ( é claro) de muitas ajudas ( de fora, sempre dos outros) de professores, de devorar livros e livros de psicologia que me eram indicados por eles, tentando entender todo o enredo da minha existência. Mas até chegar nesse estágio sofri hororres, porque ela me culpava por tudo, até de não ter sido nada na vida profissionalmente. Aos 19 anos tive que, por conta das circunstâncias, sair de casa porque não aguentava mais chegar cansada, depois de um dia de trabalho no banco e de faculdade ( na época a de jornalismo) a noite, ter que correr pela casa com ela atrás de mim me com um facão, dizendo que ia me matar porque não aguentava olhar para a minha cara, casa esta onde sempre fez questão de dizer que não era minha, que nunca tinha sido benvinda ali, só os seus dois filhos. Cresci me achando o lixo do lixo, uma pessoa desprezível e incapaz de ser feliz e de fazer os outros felizes (porque vamos combinar, é terrível para um filho ser o culpado da infelicidade dos pais, sendo apontado noite e dia sem saber porque, isso sim é uma covardia das grandes, jogar para cima de outro a culpa por seus problemas e não aceitação). E foi dessa forma que ela foi avançando ei ganhando terreno, tirando de mim aquilo que ela tanto queria - o lugar de mãe dos meus filhos. E o faz até os dias de hoje, me chamando de burra, de horrorosa, de traste, de pobre, de incompetente, só que não dou a mínima pelota para ela diz, pelo contrário, hoje o que sinto é pena de uma pessoa com 78 anos na fuça não ter aprendido nada com a vida, e continuar tendo o prazer de ferir o outro com palavras para que continue lá no pedestal de de boazinha ao lado de todos, boa mãe e boa avo, sendo ( como ela sempre quis) o centro das atenções...penso o que será escrito no epitáfio quando se for e a terra comer como come nós todos. Lamentável! Isso sim é pobreza...de espírito. Detalhe, comprando todos, porque se não o fizer, também não aparece ninguém, porque o vento que venta lá, acaba ventando cá (assim dizia a minha avó querida, que corria de casa quando minha mãe chegada da escola, para que não visse me cobrir na porrada sem mais nem menos, que Deus a tenha!).
É claro que tem muita gente não gostaria que estivesse publicando essa história, que ainda tem muita coisa para contar, porém como vivo hoje isolada de tudo e de todos, sem que ninguém me procure  ou telefone. escrever  também é uma forma de catarse, de exorcizar aquilo que te incomoda, por isso o faço, não tem o untuito de agredir ninguém, mesmo porque a única agredida nessa história fui eu.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Carta aos meus leitores (parte IV)




A minha filha mais velha nunca se conformou de eu ter dado a ela dois irmãos.Criada com todo amor, porque foi querida por mim desde o seu sopro de vida, então adolescente, andava pela casa dizendo que me odiava, palavras que igualmente escutei enquanto eu crescia, da boca de minha mãe ( inúmeras vezes). Quando o pai deles foi embora de casa levando tudo que tinha para se juntar a uma outra mulher ($), tive de colocar meus filhos, a parte do dia, na casa de minha mãe para poder arranjar um trabalho e, dessa forma, trazer alguma coisa para dentro de casa. E foi dessa maneira que ela ( mãe) começou com o movimento de manipulação, de "compra dos filhos" - já que passávamos por grandes dificuldades, com algumas contribuições dela ( mãe), pois escondeu o meu ex marido para que não o colocasse na justiça, e assim, requeresse aquilo que era deles (filhos) por direito, chegando ao ápice de meus filhos dizerem que era a empregada deles.
 É evidente que amo meus filhos e não os desejo mal, pelo contrário, todas as vezes que eles precisaram eu estava ali, talvez não do jeito que quiseram, mas estava. E não poderia ser diferente, carreguei 9 meses e só eu sei a dor que tive para tê-los, e o quanto me custou vê-los crescidos ( o tanto de humilhação que tive de passar), mas isso não deixa que eu perceba o quanto a cabecinha deles é medíocre, para mim são uns marionetes na mão de minha mãe, pai deles e dos amigos/namorados em troca de uma conta paga, de sapatos novos, de ingresso para shows, de presentes para namorados, comidas em restaurantes caros, a troca de um carro e tanque cheio de gasolina, .... uma coisa é uma coisa, e a forma como eu os vejo é outra. Para mim o outro está ( em termos de Vida) está a frente dessas mesquinharias, talvez por pensar assim não tenha nada na vida, mas é dessa forma que eu penso. Deixa pra lá, fiz a minha parte e dane-se quem não se deu por satisfeito. De dor de consciência não sofro.
Hoje eu só perco meu tempo com quem perde o seu tempo comigo, chega de bancar a b*abaca chorando pelos cantos, dando audiência para quem não está nem ai para você . Tô fora! Vá viver sua vida para lá e seja muito feliz com suas escolhas, com seus sapatos, com suas roupas da moda, com o seu carrinho novo... afinal nunca me deram absolutamente nada, nem atenção. Pelo contrário, todas as vezes que ligava para saber como estavam, nem o telefone atendiam ( provavelmente com medo de que fosse pedir um prato de comida). Portanto, que sigam para lá e eu para cá.
Vocês conhecem aquele ditado... "o vento que venta lá, venta cá". Pois eles fazem a mesma coisa com a minha mãe, nem dão as caras quando a coroa não libera a grana, gritam com ela do jeitinho que faziam comigo. Cansei de receber ligações dela se queixando deles comigo. Sim, porque quando foge ao controle dela,daí ela liga para a "infeliz" ( do jeito que sempre se refere a mim)  para ficar falando mal deles, e tentando colocando a culpa em mim ( como fazia quando era criança) pela castelo e a vida ilusória que ela construiu na cabeça deles. São pessoas de bem amiga, só estão deslumbrados. Apenas viraram três idiotas. E ela faz isso em família, com os vizinhos, porteiros, com quem aparecer, pois tudo que não presta a culpa é minha. Pois hoje eu estou c*gando para todos eles, e vai enfiar culpa na p*ta que pariu. Cada um que fique com a sua consciência. Já chega o que fizeram comigo enquanto crescia, de novo não, violão kkkk
não devo nada a ninguém, mesmo porque ninguém me dá absolutamente nada, nem atenção. Portanto... estou me lixando para o que pensam. Perdi muito tempo ligada nessas coisas, preocupada com eles, marcando passo com quem não está nem ai para mim. Vivo a minha vida sozinha com os meus problemas e me virando do jeito que consigo: se tenho para comer eu como, se não tenho não como, pedir qualquer ajuda é o mesmo que nada, porque se telefonar eles nem atendem. É mais fácil obter socorro de um estranho do que de quem você carregou 9 meses na barriga, minha amiga.... eu até arrisco a dizer que é bem capaz de eles me encontrarem na rua pedindo esmola, e fingirem que não me viram para não ter que de desembolsar R$ 1,00. Depois, as histórias devem ser compartilhadas para que não se repitam.
Estão magoadinhos, ah coitadinhos... f*da-se. Podem sim estar assustados com essa nova pessoa que ressurgiu das cinzas. Nunca se preocuparam com os meus sentimentos, principalmente quando o assunto é tripudiar e pisar em mim. Durante muito tempo eu fui capacho de todos, limparam bem os pés em mim enquanto me sentia culpada por ter nascido, só que agora a conversa é outra. Hoje eu faço minhas as palavras deles " não tenho nem que fingir, não lucro nada com isso".
Infelizmente eu olho meu filhos hoje como inimigos, aquele olhar de mãe, de cuidadora, já foi há muito no dia que fui questionar a atitude de um deles (depois de marmanjo), por conta das loucuras desenfreadas da minha mãe, ela ( filha) olhou para mim e disse que não tinha satisfações a me dar porque eu não sustentava ela ( detalhe, nem ela se sustenta)... naquele dia tirei o meu time de campo, liguei o botão do F*DA-SE e comecei a pensar um pouco mais em quem deveria:  em mim e na única pessoa que ficou ao meu lado. Aprendi a devolver o desprezo. Passei a vida sendo diminuída como ser humano pela minha família, não vai ser agora com 53 anos na fuça que vou dar a outra face a bater para que continuem se divertindo as minhas custas, esse papel eu deixo para Jesus. Cada um que arque com as consequências de suas atitudes e que dê conta delas quando os filhos e a velhice chegar, porque a minha parte eu fiz, e o que vão fazer com ela não é mais da minha conta. Afinal são os donos da Verdade, dos bons modos e da boa conduta ( enquanto não faltar comida na mesa e dinheiro para bancar suas loucuras).
Enfim amigos, para encerrar esta prosa eu quero dizer que quem tem pais e filhos dessa natureza, não necessita de inimigos pelo resto da existência. Afinal você não precisa que um vizinho ou colega de trabalho te queira mal, você já tem quem dentro de sua própria família ( pertinho de você) quem te deseje tudo de ruim, torcendo e trabalhando contra para que as coisas continuem sempre dando errado, dessa forma você continuar sendo motivo de chacota, de risos e dos comentários pejorativos em família. Arre-égua...ô cabecinhas!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

As charangas dos políticos já estão importunando o nosso silêncio...acabou de passar por aqui a do Reginaldo Leme, fazendo o seu trabalho de poluição sonora que é peculiar no ano de eleições, com um monte de mentiras gravadas.
Pena que a dúzia dos ovos estão tão caros.

Hoje eu moro numa cidade pequena no interior do Rio de Janeiro ( na serra), pois você não vê um vereador em comunidade durante todo o seu mandato e, muitas das vezes, tão pouco na Câmara dos Vereadores ( devem ter medo de apanhar). Enquanto nossos parlamentares usufruem do conforto que o dinheiro público e o poder lhe conferem, dinheiro esse destinado à melhoria da cidade, eu continuo sem emprego, sem assistência médica descente, sem calçamento nas ruas que transito ( muitas delas documentadas como calçadas, para justificar o desvio da verba), sendo tratada sem a menor consideração por quem coloquei na cara do gol, com um emprego invejável.
Você só vê político nas comunidades em época de eleição, é o tempo dos ratos saírem de suas tocas para encherem o ouvidos do povo com promessas absurdas e infundadas, estampadas no horário político eleitoral. Depois, volta tudo ao que era.
Além do quê, virou moda o ganho de dinheiro fácil, pois cão e gato quem entrar para essa mamata... é artista, é palhaço, é o pipoqueiro da esquina, até jogador de futebol... e o que vemos, em sua grande maioria, é o mesmo descaso com a verba pública e o desrespeito com seus eleitores.
É nessas horas que sou a favor da violência, já que na moral não se resolve ( o tempo já mostrou).... é encostar um filho da p*ta desses no paredão e metê-lhe a p*rrada, para que aprenda a respeitar e não caçoar em quem lhe depositou confiança. E enquanto isso não acontece, EU NÃO DOU EMPREGO PARA A MULAMBADA.
Tenho dito!

domingo, 22 de julho de 2012

MANCHETES DIÁRIAS

Estou na banca lendo as manchetes, e assim diz uma delas:
"Confrontos armados entre civis e militares no Rio de Janeiro caiu para 40% depois da implantação das UPP'S".
Meu grande e querido escritor João Ubaldo já dizia: "Desconfio extraordinariamente das estatísticas" ... eu também ( e muito ! ).
A imprensa - seja ela escrita, falada ou "olhada" - leva o seu quinhão para mascarar as informações, com isso, manipular a opinião pública de acordo com a vontade de nossos governantes. Nada pode ser publicado sem a autorização dos Órgãos Públicos e, o que é permitido fazê-lo, sempre termina em pizza... e caem no esquecimento com a colocação de outras manchetes igualmente tendenciosas, afinal o povo não tem memória política e é em cima disso que eles trabalham...temos que parar com esse discurso que que política não se discute.
As eleições Municipais, Copa e Olimpíadas estão chegando, não é verdade? 

sábado, 21 de julho de 2012

SUPER HERÓIS.

Será que a estréia do "Homem Aranha" virá acompanhada dos mesmos efeitos especiais que a estréia do "Batmam"?
Então, vivemos hoje numa sociedade onde a força física é determinante na escolha dos programas de TV, jogos de vídeo game, novelas, na escolha de namorados, de fãs, e até como modelo de comportamento em salas de aula. O que isso acarreta é que não temos sossego nem nos momentos em que saímos a lazer, pois a todo instante podemos nos deparar com um doido ( que se acha acima do Bem e do Mal) no trânsito,numa esquina,num bar, num shopping e numa sala de cinema... corremos muitos riscos ao viver , e algumas escolhas equivocadas podem abreviar a nossa passagem aqui neste plano.
Os EUA sofrem, há muitos anos, as consequências pela liberação da venda de armas, que virou até caso de estudo de teses.Recentemente tivemos alguns episódios tristes aqui no Brasil, dentre eles o massacre na escola Tasso da Silveira, um episódio pavoroso ( fruto também da falta de comprometimento familiar) onde ficamos dias entalados, num misto de dor e perplexidade, como se cada jovem atingido fizesse parte do nosso rol de convivência....o que não podemos deixar que se propague, embora pirado tenha em todas as partes do mundo. E alguns ainda marcham em direção a liberação das drogas, para se beneficiar ou por completo desconhecimento de causa.... é a treva instalada na sociedade.

domingo, 13 de maio de 2012

- BULLYNG E SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL –



Minha mãe era considerada a melhor educadora da escola onde lecionou durante 35 anos, talvez por isso determinadas atitudes e comportamentos de sua parte,  não eram questionados em família . Ser professor era uma  honra, porque naquela época a classe  era tratada com certo respeito  pelos  nossos governantes, e idolatrado por muitos que não tinham tido a oportunidade de estudar. Fui cercada do que havia de melhor nessa parte da educação escolar, mas não o melhor que  eu  queria, e sim o que eles achavam que seria melhor dentro daquele destino que havia sido traçado para cada um de nós.  Cresci sem que meus pais prestassem  atenção em  mim, nem tinham tempo porque trabalhavam feito loucos para manter o  padrão de vida que nos era dado. Eram pessoas  honestas, queridas pelos outros e muito  dedicados à profissão. Tudo foi conseguido com muito esforço.
Começo o meu relato um pouco maior, porque lembro muito pouco de quando era pequenina, só mesmo de minha avó materna que tomava conta de nós enquanto minha mãe estava na escola. Coitada, saía pela mesma porta que minha mãe entrava. Recordo bem que minha mãe questionava o fato de ela ir embora  sem mesmo ter almoçado, e ela respondia: ”vou embora antes que você comece a bater na minha Nina” ( apelido colocado em mim pela minha avó). No Jardim de Infância, minha mãe encasquetou que devia fazer aulas de balé e ser uma bailarina. Ora, bastava olhar para ela e para meu pai e ver que não podia ter estrutura óssea para tal: eu era grande, a maior aluna da sala. Depois, no primário, queria que tocasse acordeão nas festas da escola – morria de vergonha carregando aquela instrumento enorme, sendo alvo de atenção e comentários jocosos por parte de meus colegas, afinal estávamos na era do Rock, baby!  Depois, veio o tempo  da  cantora lírica.... outros e outros sucessivamente
 ( minha mãe tinha muitas planos para mim). Já meu pai sonhava menos, só queria que fosse  advogada.  Por fim, anos mais tarde, como não dei para nada daquilo, planejaram me empurrar para algum infeliz filho de comerciante no bairro em que morava; a solução para se livrarem do peso inútil, foi a  de me casar com um marido rico e, naturalmente, passar o pacote para qualquer um que se candidatasse a tal. E por ai foi ... uma sucessão de decepções por parte deles, pois o tempo que tinham livre, se preocupavam com a opinião dos outros. Com tudo  isso, acho que  foram tomando ódio de mim o que não foi difícil, pois já não morriam de amores. Quando se  cansaram das investidas, todas elas mal sucedidas,  me colocaram de lado como se fosse algo desprezível, uma criatura incapaz “não a altura deles”.
Meus pais queriam exibir os filhos como se exibe um troféu . Por ter sido filha de professores,  tinha de ser uma comportada, genial e talentosa menina, a melhor em tudo, e nenhum ser humano é bom em tudo. Não enxergavam que era uma pessoinha que tinha vontades, gostos e aptidões próprias. Na verdade, eu não tive mãe, e sim uma espécie de capataz, só que naquela época eu não tinha consciência disso, e cresci uma criança triste, sozinha, complexada, se achando um lixo, incapaz de fazer meus pais felizes. Lembro que era péssima em Matemática e apanhava feito uma louca toda véspera de prova. Depois vinha outra coça com o resultado das notas. Mas nada disso era tão terrível quanto a  tortura psicológica, essa sim era de extrema covardia, porque uma criança não tem como se defender, e acaba enfiando na cabeça tudo aquilo que é dito para ela. É como traçar o destino daquele ser...todos os dias escutava aquele rosário de insultos, que começava logo no café da manhã e terminada na hora de dormir: “você não presta para nada”, “sai de perto de mim porque eu odeio você”,  “você nunca vai ser nada na vida”, “que só os dois meninos eram filhos dela”,“você tem cheio de pobre”, “é uma desocupada na vida”,” você será sempre uma fracassada na vida”, “um zero a esquerda”, “uma idiota”, “cala boca sua imbecil”, “você é uma burra e  inútil”,  “você não faz nada que presta”, “não é capaz de nada” eu tenho vergonha de ter tido uma filha burra”,  “vai pastar na vida”, “você é uma infeliz”, “uma horrorosa”, “uma medíocre”,  “que era um traste como pessoa”... e há uns anos atrás eu escutei um novo repertório, do tipo: “eu não vou sossegar enquanto não vir você sentada num banco de praça pedindo esmola” e “ tomara que um carro te pegue na rua e te mate, pelo menos vai ser a última vez que vou olhar para a sua cara de imprestável”.
Meu pai não me batia, acho que isso revoltava ainda mais minha mãe. Quando ela  percebeu que ele nunca iria fazê-lo  (talvez por ser uma menina), partiu para outra estratégia, a de minar o nosso relacionamento, (aliás ela vivia se vangloriando com a capacidade que tinha de manipular as pessoas, de tirar e colocar as pessoas onde ela bem quisesse, como num tabuleiro de xadrez) e assim começou a me jogar contra ele dizendo que “ele não gostava de mim”, “estava decepcionado comigo porque não fazia nada que o agradasse”, “não queria ver a minha cara na frente dele”, “que eu não dirigisse a  palavra ele”, “que ele era muito ocupado para perder tempo com uma imprestável”, “que por ele eu já não morava mais em casa, que estava ali de favor”, “que a minha presença incomodava ele”, “que eu só estava morando em casa porque ela (mãe) pedia para ele não me colocar na rua”... e a coisa chegou a um ponto tal, de ter medo de  ir ao banheiro a noite e encontrar com ele acordado, pois muitas das vezes corrigia provas de madrugada. Por sua vez, ele se lixava para o que ela fazia, porque o que ele menos queria, era não se dispor com ela. Em contra partida, descia o sarrafo no meu irmão ( dois anos mais novo), que chegava a ser pior do que eu nos estudos; ele sim não queria nada com nada, só jogar bola. Mas meu irmão era o protegido da minha mãe, e cada vez que ele apanhava, ela dava um jeito de me arrebentar. E não era pancadinha de chinelo, era tapa na cara, ela me agarrava pelos cabelos e esfregava o meu rosto no chão, pisava na minha cabeça, era surra de cinto e até de pedaço de pau. 
Uma das piores humilhações que passei na vida foi aos 12 anos, na minha  pré-adolescência. Minha professora detectou que tinha problemas de visão e, muito contra gosto, minha mãe me levou a um oftalmologista, que logo receitou um par de óculos. Eu não enxergava direito e ela nem sabia disso. Logo de cara fui para 3,5° de miopia, e ela fez o favor de comprar para mim uns óculos enormes, modelo masculino, que cobria quase todo o meu rosto, daquele tipo do “Waldick Soriano”, e me obrigou a usar até eu tivesse dinheiro para comprar outro. Mas ela fez isso (acredito) porque meus olhos são esverdeados, e ela odiava quando alguém dizia que os meus olhos eram parecidos com os dela, aliás detestava qualquer associação  entre nós duas. Quando chegava em casa da escola, a primeira coisa que fazia era tirar os óculos do meu rosto e esconder. Lia e fazia os deveres de casa com muita dificuldade, o que logo contribuiu para o aumento da miopia. Perdi as contas do tanto que chorava implorando meus óculos de volta, e a resposta era sempre a mesma:  que eu era uma mentirosa, tinha enganado o médico e que não precisava dos óculos  para enxergar. Essa tortura perdurou até o começo do  científico.
Não aguentando mais as suas loucuras, aos 19 anos fui embora de casa depois que ela descobriu que namorava um rapaz pobre. Nesta época fazia a minha faculdade de Jornalismo e trabalhava como bancária no Méier. Chegava em casa a noite, cansada, com fome, e ela ficava me esperando atrás da porta com uma facão na mão e corria atrás de mim pela casa querendo me matar por conta do tal rapaz. Como ela vivia falando mal de mim para todo mundo, tinha pavor da opinião alheia, e  como detestava pobres,  a última coisa que queria ver acontecer, era que os outros soubessem que estava namorando um “pé-rapado” . Nesta época eu e meu pai não nos falávamos mais de tanta intriga que ela fazia entre a gente, que se atolava cada vez mais de cargos  na Universidade  e no Colégio. Com isso,  chegava em casa bem tarde, de preferência quando já estávamos dormindo. Quanto menos ele visse e escutasse, melhor.
Uma outra passagem que me aborreceu e envergonhou bastante foi por ocasião da morte de meu pai. Em 1994 ele descobriu que estava diabético, e como tal não poderia tomar qualquer medicação e comer qualquer comida (além de doces), vivia numa dieta rigorosa por conta da isquemia que teve. Como diretor adjunto de uma escola, ele aproveitava e comia escondido, burlava geral a dieta imposta pelo médico, e não deu muito certo. Um belo dia daquele  mesmo ano, voltou para casa se queixando de frio e resfriado. Minha mãe deu-lhe um remédio, desses para gripe que se compra no balcão da farmácia, ele foi para a cama  se deitar e não acordou mais. Pois ela espalhou para toda vizinhança que eu tinha matado o meu pai de desgosto por não ter me tornado nada na vida, uma inútil como assim bem ela me descrevia. Passei a maior vergonha na frente das pessoas e dos familiares, todos ficavam me olhando como se fosse culpada por ele ter desistido de viver. Pior é que ela fala isso para os outros até hoje. Meu pai terminou seus dias completamente infeliz. Ao longo dos anos, ele foi permitindo que ela conduzisse a sua vida e quando quis tomar as rédeas, era tarde demais.
Perderia um dia inteiro relatando casos de “abusos " que sofria dentro de minha casa, porque os relatos não terminam por aqui, depois da morte de meu pai, ela se ocupou em minar o meu relacionamento com meus filhos . Torturar psicologicamente uma criança devia ser considerado um  crime cruel, desumano e covarde, porque  chega num ponto de você não aguentar  mais e fazer  qualquer coisa para se livrar de tudo aquilo  e não ver aquela (s) pessoa (s) nunca mais, é onde se  foge de casa,  cai nas drogas, na prostituição, na vida do crime, acaba se matando ou se tornando violento, descontando em quem vê pela frente. Sim, porque a vida te  espera lá fora, cheia de armadilhas, e o resultado dos “maus tratos” é que você acaba se atirando para cima do primeiro que se oferece para te livrar de toda aquela opressão, e nem sempre as ajudas são do Bem, talvez por isso vemos tantas crianças desaparecidas nos noticiários atuais. Só quem passou por isso sabe a devastação que o Bullyng e a Alienação parental  provoca na vida de uma pessoa. Foram  anos e anos  me culpando por coisas que nem sabia de onde vinham. Eu não me olhava no espelho porque não queria ver a minha feiura, sabe lá o que é isso ? A pessoa fica anestesiada, não reage, não tem coragem de falar com os outros com vergonha de si mesma,  fica  insegura, porque aquela  sensação de incapacidade  paira o tempo todo sobre você e tudo que tenta fazer, é como a Lei da Atração – o fracasso te persegue. Cresci sozinha, não podia ter amigos e nem comentar nada na família, porque tudo chegava aos ouvidos dela. Minha mãe era uma mulher tão bonita por fora, mas extremamente insegura,  carente, castradora, autoritária e só ela podia ser o centro das atenções.
Como passei uma parte de minha vida trancada num quarto, tomei gosto pela leitura e foram nos LIVROS que procurei ajuda. Saí buscando respostas, primeiro na religião  e depois, quando achei que as respostas não me satisfaziam, voltei aos estudos, porque sempre que tentava me desvencilhar dela, caía em suas mãos. Tempos mais tarde, compreendi que o Universo é implacável, quanto mais se rejeita, de alguma forma aquela situação volta para perto, é como um imã: nada mais justo, porque boicotavam toda oportunidade de trabalho que aparecia, alegando incapacidade da minha parte. Por outro lado, fui contemplada com  alguns ANJOS  que o Universo colocava no meu caminho, no momento onde  a dificuldade era muito grande e me sentia encurralada, porque as minhas ajudas vinham sempre de fora, pois estava sempre  sozinha em tudo. Um dia, Padre Fábio de Melo disse: “Perdoar é se livrar do lixo que as pessoas jogaram em cima de você”.  O meu conselho para quem passou ou passa por esta mesma situação é: PERDOE, mas faça isso de coração e  o quanto antes, porque a última coisa que você pode querer, é que esse lixo volte na próxima encarnação. Rompa com essa frequência de repetições na sua vida.  Limpe a sua alma e não permita que te joguem lixo novamente.  As pessoas falam tanto em religião, em Jesus, mas não respeitam o seu próximo. Se somos feitos à imagem e semelhança do Criador, há quem estamos desrespeitando ?
De forma alguma estou aqui para expor a imagem de minha mãe que hoje é uma senhora de 78 anos ( longe de mim ser responsável pela morte de mais alguém), muito menos dar o troco, e  sim para alertar e levantar essa discussão do BULLYNG e da ALIENAÇÃO PARENTAL que, muitas das vezes,  começa dentro da nossa própria casa e vai ter  - com certeza - o seu transbordamento na vida escolar, no trabalho ou num relacionamento. A hora de falar sobre isso é URGENTE nesse mundo tão violento que vivemos,  e como me tornei uma DESOCUPADA NA VIDA , passo os meus dias na internet trocando ideias  nas Redes Sociais, relatando as minhas experiências e onde fui buscar ajuda. Posso não ter tido sucesso na vida profissional  como minha mãe joga na minha cara até hoje, mas de alguma forma me considero uma vencedora pelo simples fato de não ter sido enterrada viva, mesmo depois de  toda campanha feita na intenção de me  empurrar para o buraco e jogar terra em cima. Traumas? Opa, é claro que  ficaram... até hoje  não gosto de ver pais  empunhando o dedo no rosto de  filhos, falando em tom de áspero, de ameaça, gritando, empurrando ou batendo...eu me sinto mal, parece que todo aquele lixo  recai sobre o meu corpo. Olhando para trás, consigo enxergar quanto me tornei forte, mais até do que imaginava, e compreendi   que a vida começa todos os dias.