quinta-feira, 15 de novembro de 2012

VIDA

 Seria tudo muito fácil se a Vida fosse resumida ao discurso simplista: "você colhe aquilo que planta”. Puxa, estariam resolvidas as equações dos males e mazelas que somos acometidos vez por outra: a partir de hoje plantaremos somente rosas bem perfumosas. Só que o buraco da vida é bem mais embaixo. Não podemos esquecer que, embora possa ser as rosas plantadas todo amor e carinho, elas crescem com espinho e, independente de termos passado a vida toda regando e cuidando, vai ter uma hora que a rosa vai nos espetar, é inevitável...são as escolhas dos outros, escolhas essas que não temos como controlar ou modificar. Penso que quando viemos lá da outra dimensão para este plano, já trazemos em nosso chip tudo que iremos que passar e, embora caminhemos com certa liberdade de escolha ( livre arbítrio), mais cedo ou mais tarde os reveses irão chegar...é só uma questão de tempo . E ai meu amigo, quando a Roda da Vida girar, não tem religião, sal grosso, Barbadinhos ou reza que nos livre das dores ( bonzinhos ou ruins, estamos todos juntos  dentro desta imensa Roda). Podemos até amenizar nossa passagem, não desejando ou fazendo ao próximo aquilo que não queremos para nós, mas todos nós precisamos sentir as dores da escolha de termos vindo para esse mundo terreno...é uma questão de evolução, de subida de degrau. ...religião, seita, filosofia de vida ou outra coisa que se denomine, servem apenas como muletas na tentativa de entender e suavizar aquilo que naquele momento não tem explicação para nós, nesta caminhada tão dolorosa que se chama Vida.




“Ninguém pode construir em teu lugar
as pontes que precisarás passar,
para atravessar o rio da vida
- ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo, atalhos sem números,
e pontes, e semideuses que se oferecerão
para levar-te além do rio;
mas isso te custaria a tua própria pessoa;
tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho
por onde só tu podes passar.
Onde leva? Não perguntes, segue-o”

- Nietzsche –

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