terça-feira, 24 de julho de 2012

Carta aos meus leitores (parte IV)




A minha filha mais velha nunca se conformou de eu ter dado a ela dois irmãos.Criada com todo amor, porque foi querida por mim desde o seu sopro de vida, então adolescente, andava pela casa dizendo que me odiava, palavras que igualmente escutei enquanto eu crescia, da boca de minha mãe ( inúmeras vezes). Quando o pai deles foi embora de casa levando tudo que tinha para se juntar a uma outra mulher ($), tive de colocar meus filhos, a parte do dia, na casa de minha mãe para poder arranjar um trabalho e, dessa forma, trazer alguma coisa para dentro de casa. E foi dessa maneira que ela ( mãe) começou com o movimento de manipulação, de "compra dos filhos" - já que passávamos por grandes dificuldades, com algumas contribuições dela ( mãe), pois escondeu o meu ex marido para que não o colocasse na justiça, e assim, requeresse aquilo que era deles (filhos) por direito, chegando ao ápice de meus filhos dizerem que era a empregada deles.
 É evidente que amo meus filhos e não os desejo mal, pelo contrário, todas as vezes que eles precisaram eu estava ali, talvez não do jeito que quiseram, mas estava. E não poderia ser diferente, carreguei 9 meses e só eu sei a dor que tive para tê-los, e o quanto me custou vê-los crescidos ( o tanto de humilhação que tive de passar), mas isso não deixa que eu perceba o quanto a cabecinha deles é medíocre, para mim são uns marionetes na mão de minha mãe, pai deles e dos amigos/namorados em troca de uma conta paga, de sapatos novos, de ingresso para shows, de presentes para namorados, comidas em restaurantes caros, a troca de um carro e tanque cheio de gasolina, .... uma coisa é uma coisa, e a forma como eu os vejo é outra. Para mim o outro está ( em termos de Vida) está a frente dessas mesquinharias, talvez por pensar assim não tenha nada na vida, mas é dessa forma que eu penso. Deixa pra lá, fiz a minha parte e dane-se quem não se deu por satisfeito. De dor de consciência não sofro.
Hoje eu só perco meu tempo com quem perde o seu tempo comigo, chega de bancar a b*abaca chorando pelos cantos, dando audiência para quem não está nem ai para você . Tô fora! Vá viver sua vida para lá e seja muito feliz com suas escolhas, com seus sapatos, com suas roupas da moda, com o seu carrinho novo... afinal nunca me deram absolutamente nada, nem atenção. Pelo contrário, todas as vezes que ligava para saber como estavam, nem o telefone atendiam ( provavelmente com medo de que fosse pedir um prato de comida). Portanto, que sigam para lá e eu para cá.
Vocês conhecem aquele ditado... "o vento que venta lá, venta cá". Pois eles fazem a mesma coisa com a minha mãe, nem dão as caras quando a coroa não libera a grana, gritam com ela do jeitinho que faziam comigo. Cansei de receber ligações dela se queixando deles comigo. Sim, porque quando foge ao controle dela,daí ela liga para a "infeliz" ( do jeito que sempre se refere a mim)  para ficar falando mal deles, e tentando colocando a culpa em mim ( como fazia quando era criança) pela castelo e a vida ilusória que ela construiu na cabeça deles. São pessoas de bem amiga, só estão deslumbrados. Apenas viraram três idiotas. E ela faz isso em família, com os vizinhos, porteiros, com quem aparecer, pois tudo que não presta a culpa é minha. Pois hoje eu estou c*gando para todos eles, e vai enfiar culpa na p*ta que pariu. Cada um que fique com a sua consciência. Já chega o que fizeram comigo enquanto crescia, de novo não, violão kkkk
não devo nada a ninguém, mesmo porque ninguém me dá absolutamente nada, nem atenção. Portanto... estou me lixando para o que pensam. Perdi muito tempo ligada nessas coisas, preocupada com eles, marcando passo com quem não está nem ai para mim. Vivo a minha vida sozinha com os meus problemas e me virando do jeito que consigo: se tenho para comer eu como, se não tenho não como, pedir qualquer ajuda é o mesmo que nada, porque se telefonar eles nem atendem. É mais fácil obter socorro de um estranho do que de quem você carregou 9 meses na barriga, minha amiga.... eu até arrisco a dizer que é bem capaz de eles me encontrarem na rua pedindo esmola, e fingirem que não me viram para não ter que de desembolsar R$ 1,00. Depois, as histórias devem ser compartilhadas para que não se repitam.
Estão magoadinhos, ah coitadinhos... f*da-se. Podem sim estar assustados com essa nova pessoa que ressurgiu das cinzas. Nunca se preocuparam com os meus sentimentos, principalmente quando o assunto é tripudiar e pisar em mim. Durante muito tempo eu fui capacho de todos, limparam bem os pés em mim enquanto me sentia culpada por ter nascido, só que agora a conversa é outra. Hoje eu faço minhas as palavras deles " não tenho nem que fingir, não lucro nada com isso".
Infelizmente eu olho meu filhos hoje como inimigos, aquele olhar de mãe, de cuidadora, já foi há muito no dia que fui questionar a atitude de um deles (depois de marmanjo), por conta das loucuras desenfreadas da minha mãe, ela ( filha) olhou para mim e disse que não tinha satisfações a me dar porque eu não sustentava ela ( detalhe, nem ela se sustenta)... naquele dia tirei o meu time de campo, liguei o botão do F*DA-SE e comecei a pensar um pouco mais em quem deveria:  em mim e na única pessoa que ficou ao meu lado. Aprendi a devolver o desprezo. Passei a vida sendo diminuída como ser humano pela minha família, não vai ser agora com 53 anos na fuça que vou dar a outra face a bater para que continuem se divertindo as minhas custas, esse papel eu deixo para Jesus. Cada um que arque com as consequências de suas atitudes e que dê conta delas quando os filhos e a velhice chegar, porque a minha parte eu fiz, e o que vão fazer com ela não é mais da minha conta. Afinal são os donos da Verdade, dos bons modos e da boa conduta ( enquanto não faltar comida na mesa e dinheiro para bancar suas loucuras).
Enfim amigos, para encerrar esta prosa eu quero dizer que quem tem pais e filhos dessa natureza, não necessita de inimigos pelo resto da existência. Afinal você não precisa que um vizinho ou colega de trabalho te queira mal, você já tem quem dentro de sua própria família ( pertinho de você) quem te deseje tudo de ruim, torcendo e trabalhando contra para que as coisas continuem sempre dando errado, dessa forma você continuar sendo motivo de chacota, de risos e dos comentários pejorativos em família. Arre-égua...ô cabecinhas!

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